segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013!


No dia 31 de Dezembro de 1995 foi publicada a última tira do Calvin e Hobbes. No entanto, esta é uma tira cheia de optimismo. E é disso mesmo que precisamos! Votos de um EXCELENTE ANO 2013 para todos!


domingo, 30 de dezembro de 2012

147.º Aniversário do Nascimento de Rudyard Kipling



If you can keep your head when all about you 
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or, being lied about, don't deal in lies,
Or, being hated, don't give way to hating,

And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream - and not make dreams your master;
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with triumph and disaster
And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to broken,
And stoop and build 'em up with wornout tools;

If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on";

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings - nor lose the common touch;
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run -
Yours is the Earth and everything that's in it,
And - which is more - you'll be a Man my son!

Rudyard Kipling - Prémio Nóbel da Literatura (1865-1936)


domingo, 23 de dezembro de 2012

25 anos depois


@ almoço com os colegas da 4.ª classe (desculpem os que já não lhe chamam assim)... Foi há 25 anos!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

120.º Aniversário de "O Quebra Nozes"

O Quebra-Nozes é um dos três baletts que Tchaikovsky compôs. Foi estreado em 17 de Dezembro de 1892 no Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, então a capital da Rússia imperial.


domingo, 16 de dezembro de 2012

Aos homens tu produzes palidezes

(© Gabriel Osório de Barros)

"Aos homens tu produzes palidezes

Da sensação não tristes sempre, a alguns
Um mais acentuado sentimento
De tristeza; mas em mim, ah tarde! trazes,
Em mim m'acordas e m'intensificas
Meu desolado e vago natural.
Qu'importa? Tudo é o mesmo. A mim, quer seja
Manhã inda d'orvalho arrepiada,
Dia, ligeiro em sol, pesado em nuvens
Ou tarde (...)
Ou noite misteriosa e (...)
Tudo, se nele penso, só me amarga
E me angustia.

Tenho no sangue o enigma do universo
E o seu pavor que outros não conhecem
E alguns talvez, mas não profundamente.
Só a mim me foi dado sentir sempre.
E se às vezes pareço indiferente
E em mim mesmo calmo, é apenas
O excesso da dor e do horror
Cuja constante (...) me dói."


Fernando Pessoa, Fausto - Tragédia Subjectiva

Unbreakable


"You can do everything you want
It doesn't matter how hard it is
You can do it, you can do it

So please don't mind, close your eyes
Take a trip outside your head
You can give me more

Swim against the stream
Following your wildest dream, your wildest dream"


SinPlus - Unbreakable

Torre de Névoa

(© Gabriel Osório de Barros)

Subi ao alto, à minha Torre esguia,
Feita de fumo, névoas e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo o dia.

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: “Que fantasia,

Criança doida e crente! Nós também
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu! ...”

Calaram-se os poetas, tristemente ...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu! ...

Florbela Espanca, "Livro de Mágoas"

Companhia de Circo Victor Hugo Cardinali - Globo da Morte


domingo, 9 de dezembro de 2012

Sorte Grande



Olha lá
Já se passaram alguns anos
Nem sequer vinhas nos meus planos
Saíste-me a sorte grande

E eu cá vou

Usando os louros deste achado
Contigo de braço dado
Para todo o lado

Eu vou até morrer
Ser teu se me quiseres

Agarrado a ti
Vou sem hesitar
E se o chão desabar
Que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti

Meu amor
A roda da lotaria
Que é coisa escorregadia
Saíste-me a sorte grande

E eu cá vou
À minha sorte abandonado
Contigo de braço dado
Para todo o lado

Eu vou até morrer
Ser teu se me quiseres

Agarrado a ti
Vou sem hesitar
E se o chão desabar
Que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti

Vou sem hesitar
E se o chão desabar
Que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti
Vou agarrado a ti
Vou agarrado a ti


(João Só e Abandonados com Lúcia Moniz)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

L'Homme et la mer (O Homem e o Mar)

(© Gabriel Osório de Barros)

Homme libre, toujours tu chériras la mer!
La mer est ton miroir; tu contemples ton âme
Dans le déroulement infini de sa lame,
Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.

Tu te plais à plonger au sein de ton image;
Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur
Se distrait quelquefois de sa propre rumeur
Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.

Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets:
Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes;
Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes,
Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!

Et cependant voilà des siècles innombrables
Que vous vous combattez sans pitié ni remords,
Tellement vous aimez le carnage et la mort,
Ô lutteurs éternels, ô frères implacables!

Charles Baudelaire, Fleurs du mal


Portefólio Fotográfico


http://www.slideshare.net/gcobarros/portfolio-presentation

domingo, 2 de dezembro de 2012

Se tanto me dói que as coisas passem...

(© Gabriel Osório de Barros)

"Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem"

Sophia de Mello Breyner Andresen

Les Fenêtres

(Yekini - Olhares)


"Celui qui regarde du dehors à travers une fenêtre ouverte, ne voit jamais autant de choses que celui qui regarde une fenêtre fermée. Il n'est pas d'objet plus profond, plus mystérieux, plus fécond, plus ténébreux, plus éblouissant qu'une fenêtre éclairée d'une chandelle. Ce qu'on peut voir au soleil est toujours moins intéressant que ce qui se passe derrière une vitre. Dans ce trou noir ou lumineux vit la vie, rêve la vie, souffre la vie.

Par delà des vagues de toits, j'aperçois une femme mûre, ridée déjà, pauvre, toujours penchée sur quelque chose, et qui ne sort jamais. Avec son visage, avec son vêtement, avec son geste, avec presque rien, j'ai refait l'histoire de cette femme, ou plutôt sa légende, et quelquefois je me la raconte à moi-même en pleurant.

Si c'eût été un pauvre vieil homme, j'aurais refait la sienne tout aussi aisément.

Et je me couche, fier d'avoir vécu et souffert dans d'autres que moi-même.

Peut-être me direz-vous: «Es-tu sûr que cette légende soit la vraie?» Qu'importe ce que peut être la réalité placée hors de moi, si elle m'a aidé à vivre, à sentir que je suis et ce que suis?"


Charles Baudelaire, Le Spleen de Paris

sábado, 1 de dezembro de 2012

Hino da Restauração




Restauração da Independência

(© Gabriel Osório de Barros)

Sobre o feriado do dia 1 de Dezembro, dia da Restauração da Independência:

«Portugal, avivando e celebrando com mais solemnidade o anniversario da reconquista da sua Independencia em 1640, nem pretende ferir o pundonor da briosa nação hespanhola, nossa amiga e alliada, nem resuscitar os odios que outr'ora inimisaram os dois povos convisinhos.
Não quer repta-la. Não leva a mão á espada. Unicamente aponta para o seu direito, e diz á Europa que está decidido a defende-lo.»

Manifesto dos Quarenta, 1861

A Lizard of the Petrified Forest

(© Gabriel Osório de Barros)

Upon an age-worn, upright stone
Of gems that once had been a part
Of some great tree's rejoicing heart
A Lizard, motionless and lone,
A glowing, living emerald shone
Of such encrusted, radiant sheen,
He reigned the monarch of the scene--
A creature nature's hand had done
When wrought the earth, and air, and sun,
In most harmonious unison.
He viewed us, as we passed him by,
With calm and yet with questioning eye,
But moveless still, as though the stone
Were portion of his being's own,
And voiceless as the forest is,
Whose jewelled ruins all are his.
The desert seemed to hold him there
As one of her supremest fair,
As one to whom our souls should owe
The best that beauty's love can know,
And with her prideful voice to say,
"See how I gem my breast of gray!"

Edward Robeson Taylor (1838-1923)